
Há 24 anos era publicado o artigo que mudaria os rumos de milhares de pacientes com ceratocone: https://lnkd.in/d3fH8-KV.
A partir daí, o transplante mais realizado no mundo (de córnea), passaria a contar com uma opção efetiva de prevenção.
Sete anos depois, realizamos o primeiro tratamento nacional utilizando a técnica de Riboflavina/UVA crosslinking (CXL) em pacientes com ectasia corneana.
Três anos após, publicávamos resultados internacionais e desenvolvemos um laboratório para avaliar os tecidos oculares. (https://lnkd.in/dTVk_8RY)
Avançamos, e hoje em dia testamos outras substâncias para estacionar a progressão de várias doenças que deformam a córnea e a esclera.
Vale lembrar que novas lentes de contato esclerais auxiliam muitíssimo pacientes que antes tinham no transplante uma opção única. Também contamos com melhores transplantes, e mesmo o ótimo entendimento da ação de anéis intracorneano. Todos esses progressos são frutos da dedicação e persistência de pesquisadores, nos quais nos incluímos.
Comemoro esse dia com alegria pelo que conseguimos entregar aos pacientes, e tenho o dever de apontar para uma estrada larga e longa, que atravessa o desconhecimento que ainda temos do ceratocone.
Há muito que se desenvolver, com testes, grupos controle, seguimento de longo prazo, e aproximação da ciência com a produção (dita inovação).
Começamos isso tudo com impulso da fantástica Maria Regina Chalita, recém-chegada dos USA nos anos 2000, e junto com meu amigo e pesquisador de longa jornada Wallace Chamon.
Obrigado ao dois por esse caminho que trilhamos juntos.