Paixão por fazer: Cirurgias a laser, catarata, lentes e transplantes de cornea
Esse conceito surgiu há décadas, quando começamos a ter equipamentos ópticos para avaliar o sistema visual humano, bem como lasers e lentes para mudar esse fantástico órgão que é o complexo olho.
A córnea e a retina são duas lentes que trazem a luz até o centro da nossa retina, para então a imagem ser formada e processada também pelo cérebro. A córnea é a primeira lente do olho e a mais potente. Por isso mesmo acessamos e modificamos sua forma com transplantes e com lasers há várias décadas.
Além disso, utilizamos lentes em óculos, sobre a córnea (lentes de contato), ou dentro do olho (lentes intra-oculares), que estão em constante e entusiasmante evolução. Hoje temos lentes que se apoiam na esclera (a parte branca do olho), e são utilizadas para evitar transplantes (lentes esclerais).
Usamos cada vez mais a óptica avançada, aperfeiçoada na astronomia, para corrigir defeitos de focalização (miopia, astigmatismo, miopia ou presbiopia): são lentes trifocais, de foco estendido e a monovisão.
Todos esses conceitos fazem parte da ótica cirúrgica, setor no qual trabalho há décadas e do qual fui chefe na Escola Paulista de Medicina.
Alem de aplicar esses conceitos, estudo, produzo e testo novas tecnologias, incluindo o que hoje chamamos de cirurgias químicas, por meio das quais colírios mudam a estrutura de tecidos, aumentando sua rigidez e tratando de modo inédito, doenças como o ceratocone.
A junção de química, engenharia, física, biologia e medicina abre possibilidades infinitas para diminuir a deficiência de milhares de pessoas. Nesse contexto, trabalhar em toda a cadeia é uma fonte de prazer pela qual sou imensamente grato por poder usufruir. Por essa razão, oferecer o que há de melhor para cada paciente, caso a caso, de forma viável, tornou-se minha prática diária.

Oftalmologista formado pela FMRP-USP, Dr. Paulo Schor possui Mestrado, Doutorado e Livre Docência pela Universidade Federal de São Paulo. Realizou parte de seu Doutoramento na Harvard Medical School e Massachusetts Institute of Technology, onde também foi Professor Visitante (2012).
Atualmente é professor associado da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP e colaborador da Faculdade de Medicina Einstein. É o atual Diretor de Inovação e foi Chefe do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP. Coordena o laboratório de Bioengenharia Ocular e mantém atividade intensa como orientador de estudantes de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado, em Óptica Cirúrgica e Design Médico.
Foi agraciado com o nível 1D em produtividade do CNPQ e também colabora como coordenador da área de pesquisa para inovação da FAPESP, onde avalia propostas, aprende com pessoas geniais e contribui com o ecossistema de inovação.


Como consequência da curiosidade e principalmente pela percepção de dores e lacunas no conhecimento aplicado, o Dr. Schor oferece e tem representativa contribuição para a área da saúde com a produção de artigos, palestras, livros, produtos tecnológicos, processos e técnicas inovadoras.
- Publicou mais de 140 artigos completos em periódicos especializados com mais de 1000 citações.
- Possui mais de 350 trabalhos e participações em eventos.
- Tem 50 capítulos de livros.
- Publicou 1 livro.
- Participou do desenvolvimento de 21 produtos tecnológicos, 24 processos ou técnicas inovadoras, 8 softwares (sendo 3 registrados), além de 5 patentes.
- Fundou empresas nascentes na área tecnológica (start-ups).
- Recebeu 5 prêmios e/ou homenagens.
- Atua na área de Medicina, com ênfase em Córnea, Catarata, Cirurgia Refrativa e Percepção Visual.
- Em suas atividades profissionais interagiu com 186 colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos. Fundou e coordena o grupo multidisciplinar de inovação aberta MedHacker.
Letramento Médico é uma filosofia que se tornou meio de relacionamento com os meus interlocutores. Ela consiste em tornar o outro o centro consciente de todos os processos. O objetivo é empoderar criticamente e ter didática para explicar ao paciente e fazê-lo entender sua própria questão.
Ao centrarmos as decisões nas pessoas, e as envolvermos na compreensão das causas mais básicas dos processos, estamos criando melhores produtos e serviços. Isso passa por incorporar maior empatia e acolhimento, além de deixar o paciente mais confortável, mais seguro e com maior aderência ao tratamento.
Acredito que, dessa forma, o médico não é visto como um ser superior e sim como um agente que acolhe e compreende realmente as dores de seu paciente.
